O mapeamento de ações é uma abordagem prática e direta para a desenvolvimento empresarial que tem como objetivo alcançar resultados de negócios, ajudando as pessoas a fazerem o que precisam fazer. Diferentemente do design instrucional tradicional, que se concentra na apresentação de informações e no processo de aprendizagem, o mapeamento de ações tem como foco a performance. O objetivo é identificar o que as pessoas precisam fazer para alcançar uma meta específica de negócios e, em seguida, criar um mapa de ações para ajudá-las a fazer isso.

Essa abordagem foi criada por Cathy Moore, e é utilizada por muitas empresas Fortune 500. É uma forma inovadora de encarar a formação empresarial, especialmente diante dos desafios que enfrentamos hoje em dia, em que a maioria das abordagens de design instrucional é centrada em informações. O mapeamento de ações é como um sopro de ar fresco, pois é abordável e prático.

Mapeando as ações

O foco do Action Mapping é na performance, em vez de apresentar informações, o que é uma prática comum no design instrucional tradicional. O objetivo principal é fazer com que as partes interessadas e os clientes se concentrem na performance que desejam alcançar. Essa abordagem é especialmente útil no atual ambiente de design instrucional, que pode ser rico em informações. Então, vamos entender o processo:

I. Identificar o objetivo principal do treinamento.

  • Qual é o problema que estamos tentando resolver? A solução pode envolver um curso ou treinamento, mas ainda não é possível dizer.
  • Quais resultados queremos alcançar? Eles precisam ser específicos, mensuráveis e realistas.

II. Identificar as ações que levarão aos resultados desejados.

  • Quais são as ações necessárias para alcançar o objetivo? O que as pessoas precisam fazer.
  • Quais são as habilidades e conhecimentos necessários para executar essas ações? O que eles precisam saber para fazer o que devem.

III. Identificar os obstáculos que impedem as pessoas de realizarem as ações necessárias.

  • Quais são os obstáculos que impedem as pessoas de realizar as ações necessárias? Ou seja, por que eles já não estão fazendo isso.
  • Como podemos remover ou minimizar esses obstáculos? Alguma outra coisa pode ser feita na empresa para ajudar as pessoas a fazer o que precisam fazer.

IV. Criar um mapa de ações.

  • Organizar as ações necessárias em uma ordem lógica.
  • Identificar os recursos necessários para cada ação.
  • Definir prazos e responsabilidades para cada ação.

V. Desenvolver e implementar soluções de treinamento.

  • Criar soluções personalizadas que abordem as necessidades reais da equipe. Pode ser um treinamento, um curso, ou não.
  • Implementar as soluções de maneira eficaz.

VI. Avaliar os resultados do treinamento.

  • Medir o progresso em relação aos resultados desejados.
  • Identificar oportunidades de melhoria e ajustar a solução, se necessário.

A primeira etapa é evitar o uso da palavra “curso” quando se fala com os seus clientes. Quando um cliente pede um curso sobre segurança da informação ou atendimento ao cliente, por exemplo, não é recomendável que se concorde em criar um curso, pois muitas vezes uma única aula de 30 ou 60 minutos não é suficiente para resolver o problema real do negócios. O objetivo é ajudar o cliente a resolver um problema, e para isso é preciso entender qual é o problema e qual é a melhor solução.

A meta é conseguir que o cliente entenda que você vai ajudá-lo a solucionar um problema. Para isso é preciso agendar uma reunião de abertura com todos os stakeholders necessários. Essa reunião de abertura é uma oportunidade para identificar a meta de negócios, o que as pessoas precisam fazer para alcançar essa meta e por que elas não estão fazendo isso.

É importante convidar os stakeholders adequados para essa reunião de abertura. Além da pessoa que entrou em contato com você, é preciso que estejam presentes a pessoa que está sentindo a dor que levou ao problema e pelo menos um especialista no assunto. Os especialistas são pessoas que têm experiência na área em questão e sabem o que funciona e o que não funciona. É ideal que haja pelo menos dois especialistas e o cliente real presente na reunião.

O objetivo da reunião de abertura é identificar a meta de negócios, o que as pessoas precisam fazer para alcançar essa meta e por que elas não estão fazendo isso. Depois de definir a meta de negócios, é hora de criar um mapa de ações. Esse mapa se parece com um mapa mental, com um nó central e outros nós conectados a ele. Mas a diferença é que tudo no mapa é uma ação, comportamento ou tarefa específica e observável, não apenas informações.

O mapa de ações é criado em colaboração com os especialistas e o cliente, e o objetivo é identificar as ações que precisam ser tomadas para alcançar a meta de negócios. Essas ações são organizadas em nós e sub-nós, e cada ação é discutida.

Depois de criado o mapa de ações, é hora de priorizar as tarefas que são mais importantes para alcançar o objetivo de negócio estabelecido. Isso é feito com a ajuda dos especialistas no assunto e dos responsáveis pelo projeto.

Para priorizar as tarefas, é preciso levar em conta vários fatores, como o impacto que cada tarefa terá na realização do objetivo, a facilidade ou dificuldade de implementação e o tempo necessário para executá-las. Com base nessas informações, é possível criar uma lista ordenada das tarefas, começando pelas mais importantes.

Feita a lista, é hora de pensar na forma como as tarefas serão ensinadas aos colaboradores. Aqui é importante levar em conta o público-alvo e as melhores formas de aprendizagem para ele. Por exemplo, se a equipe é composta por pessoas que preferem aprender de forma prática, é possível criar atividades que simulem situações reais de trabalho.

Além disso, é importante pensar em formas de avaliar a aprendizagem dos colaboradores. Isso pode ser feito por meio de testes, avaliações de desempenho ou até mesmo observando o desempenho dos colaboradores no dia a dia de trabalho.

Por fim, é importante destacar que a abordagem de mapeamento de ações é altamente eficaz e utilizada por grandes empresas em todo o mundo. Ela permite que as empresas alcancem seus objetivos de negócios de forma mais eficiente e com maior retorno sobre o investimento em treinamento e desenvolvimento de colaboradores.

Em resumo, o mapeamento de ações é uma abordagem prática e orientada a resultados que ajuda as empresas a melhorar o desempenho de seus colaboradores e alcançar seus objetivos de negócios de forma mais eficaz. Se você é um designer instrucional ou está interessado em se tornar um, certamente vale a pena aprender mais sobre essa abordagem e como ela pode ser aplicada em seu trabalho.

Por que Map-it é uma Ferramenta Indispensável para Designers Instrucionais

Se você é um designer instrucional ou trabalha com treinamento, o Map-it é uma ferramenta que você simplesmente não pode deixar de conhecer. Este método combina análise de negócios e design instrucional para criar soluções de treinamento altamente eficazes e personalizadas. Não importa se você é iniciante ou tem experiência na área, este método fornece informações valiosas e insights úteis que o ajudarão a produzir soluções de treinamento inovadoras.

Com o Map-it, você poderá identificar as ações necessárias para atingir os objetivos da sua organização, bem como as habilidades e conhecimentos necessários para a execução dessas ações. Dessa forma, você poderá criar soluções de treinamento que atendam às necessidades reais da sua equipe, garantindo a efetividade e a eficiência dos processos internos.

Mas por que escolher o Map-it e não outras ferramentas de análise de negócios e design instrucional? A resposta é simples: a metodologia Action Mapping, que é a base do Map-it, é uma abordagem inovadora e altamente eficaz. Com o uso dessa metodologia, é possível criar soluções de treinamento personalizadas e alinhadas às necessidades da organização. Com o Map-it, você poderá otimizar os processos internos e garantir a melhoria contínua dos resultados da sua organização.

No Brasil, muitas vezes o design instrucional ainda é visto apenas como produtor de conteúdo, e não na análise de soluções para empresas, que podem ou não envolver cursos e treinamentos. No entanto, é importante entender que o design instrucional é muito mais do que isso. É sobre ajudar as empresas a alcançarem seus objetivos de negócios de maneira eficiente e eficaz, utilizando a educação como ferramenta.

O designer instrucional precisa entender o negócio e criar soluções eficientes para os problemas. É preciso seguir um framework e decidir se o treinamento é a solução ideal ou se existem soluções mais simples que podem ser implementadas. Muitas vezes, as empresas não têm certeza de suas ações, por isso é importante que o designer instrucional analise o negócio e determine o melhor caminho a seguir.

Como analisar o negócio

Você pode começar em Como analisar uma empresa ou, até mesmo, descobrindo Eu consigo analisar um negócio?.

Com o Map-it, você terá uma abordagem sistêmica para soluções de treinamento e desenvolvimento. É uma abordagem que considera todos os aspectos do negócio, desde a estratégia até a implementação e avaliação. Você será capaz de compreender profundamente os objetivos da empresa, os desafios que eles estão enfrentando e como poderá ajudá-los a alcançar seus objetivos.

O desenvolvimento profissional não se trata apenas de vender cursos ou treinamentos, mas sim de mudar a mentalidade das pessoas e ajudá-las a alcançar seus objetivos. É necessário uma abordagem mais completa e integrada para garantir o sucesso. Com o Map-it, você poderá fornecer soluções personalizadas e inovadoras que irão ajudar a sua equipe a atingir os objetivos da organização de maneira eficiente e eficaz.

Saiba mais

  • Map-it: Usando humor e muitos exemplos, o livro guia o leitor através do action mapping, uma abordagem visual para análise de necessidades e design de treinamento.
  • Cathy Moore: site da Cathy, com várias informações que podem ajudar os designers instrucionais.